O primo e o outro José
A paixão de José Oliveira pela sétima arte começou ainda na sua infância com “o primo viciado em filmes”. O videoclub do seu parente foi a fonte do seu primeiro contacto com o cinema. Viam obras de todo o género, ainda em formato VHS. Mas José não esconde “a preferência pelos filmes de acção”, sobretudo quando os protagonistas eram “Chuck Norris, Sylvester Stallone e Jean-Claude Van Damme”. Depressa estas películas passaram pelo seu videogravador e o futuro cineasta começou a construir “a sua própria cinemateca”, como lhe chama entre risos. A paixão pelo cinema americano mantem-se até hoje. José descreve-o como “o cinema que quase o educou, que fez dele uma pessoa melhor”. As histórias de redenção passadas nos Estados Unidos, “um país nascido da violência” mostraram-lhe o humanismo que mais tarde iria incorporar nos seus filmes.

Apaixonado pelo audiovisual, José enveredou pelo curso profissional de técnico de multimédia na Escola Profissional de Braga (EPB), em 2001. O destino obrigou-o a mudar de planos quando José Alberto Pinto surgiu como professor da cadeira de Audiovisual. O pouco conhecido realizador do filme “Osmose” viu a motivação deste seu aluno e resolveu levá-lo a visitar outro local onde dava aulas, a Escola Superior Artística do Porto (ESAP), onde José viu os instrumentos de produção cinematográfica pela primeira vez. Ainda “sem saber o que havia de fazer” depois da EPB, José decidiu seguir o concelho do seu amigo e antigo docente e ingressou em Cinema e Audiovisual na ESAP, onde os dois se reencontraram.
One thought on “Para Além dos Conselhos”