Como tudo começou…
A equipa encontrava-se a exibir a peça “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” quando as medidas de contenção chegaram.

Oito dias depois do primeiro caso do Coronavírus em Portugal se tornar público, o medo alastrou a todo o país. As instituições públicas não tardaram a reagir e todas as actividades ligadas ao Estado foram adiadas.
A Câmara Municipal de Viana do Castelo, proprietária do Teatro Municipal Sá de Miranda desde 1985, não poderia ser excepção.
E como foi actuar sem público?
Como foi encenar “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” sem público? Tiago Fernandes dá-nos a resposta. Não há teatro sem público, excepto quando a quarentena obriga a isso. O director artístico, Ricardo Simões, conta-nos como a sua equipa reagiu à mudança. A última peça antes do encerramento do teatro, “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, foi exibida para um público vazio. A directora e actriz do elenco residente do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, Ana Perfeito, descreve-nos a experiência. “Assim sendo e respondendo à tua pergunta, é claro que foi estranho representar para uma plateia vazia, mas foi a forma que encontrámos de levar o espectáculo às crianças.”, afirma Alexandre Calçada. Como diria Tiago Fernandes, “teatro não se faz sem espectadores”. A sua colega, Elisabete Pinto, confirma e conta-nos como foi actuar sem o “respirar dos público”.